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PANAMERICANO DE PARABADMINTON - MESMO ANTES DE COMEÇAR, JÁ VALEU A PENA

Lembro-me, que no dia 30 de maio de 2009, entrei no avião sozinho (exatamente 16:45) rumo a Londres (ING) onde iría fazer uma conexão para a cidade de Dusseldorf (ALE). De lá eu iria para Dortmund (ALE) onde iria participar (?) do torneio internacional de parabadminton. Tinha pedido antecipadamente para poder assistir algumas avaliações, onde a secretária do evento a super prestativa Petra Opitz, me autorizou e me apresentou ao médico responsável pela classificação, o dr. Makay. Tive o prazer de assistir 3 avaliações, de um indiano e de dois atletas so Sri Lanka.

Encontrei com um "amigo" que tinha feito pela internet, o nigeriano Folawiyo que  foi o primeiro cara que respondeu aos meus emails na época pedindo informações sobre o badminton para as pessoas com deficiências. Fruto deste contato surgiu a possibilidade de receber alguns atletas nigerianos no Brasil como intercâmbio esportivo, dei entrada em todo o processo burocrático más infelizmente o consulado brasileiro negou na epoca.

Fiz questão de pagar o valor de 59 euros, valor referente a inscrição de técnico, más como não levei atletas não me trataram como tal, não tive credencial, não pude participar do congresso técnico, nem outros assuntos relacionados com esta função. Fiz amizades com técnicos e atletas da India, Sri Lanka, Espanha e Guatemala, onde conheci a familia do atleta RAUL ANGUILANO, apresentado em postagem anterior. Naquele momento estavam toda a família de Raul montando um stand para divulgar até então a "candidatura" da Guatemala como país sede do próximo mundial, o de 2011.

Falando um portunhol mal falado, acabei ficando próximo de Anguilano e ele me fez uma propósta: GUATEMALA SEDIAR O MUNDIAL E O BRASIL O PRIMEIRO PANAMERICANO.

Fui apresentado ao presidente da PBWF Paul Kurzo que me orientou como tinhamos que proceder para efetivar este evento. Pecebi um olhar de grande desconfiança, pois era um "cara" que ninguêm tinha ouvido falar e que naquele momento nem em nome da CBBd estava falando. Apesar da desconfiança, confesso que senti descredito por parte das pessoas ali presentes.

O que demostrava espanto das pessoas, era saber que o Brasil tinha naquela época 12 atletas, 11 que treinavam comigo e um atleta do Rio de Janeiro (Rodrigo Alminhas) que eu tinha visto numa matéria na TVque fizeram com ele, más não tinha naquele momento nenhum contato. Este número de 12 atletas era mais do que muitos países inteiros, por que não dizer de continentes, como a Oceania, a América e a Africa.

Neste contato, o Brasil passou a ser lembrado, surgiu  convites para competições internacionais, entre eles o de participar do mundial realizado na Coreia do Sul em Setembro do ano passado, não fomos por questões financeiras. Aínda não existia a diretoria dentro da Confederação Brasileira de Badminton. Para este evento o presidente da Confederação Sul Coreana fez o que pôde para viabilizar a nossa participação, chegando até a conseguir alojamentos de graça para nos.

Vim mobilizando  ações para que efetivasse este panamericano, a idéia original era que fosse em Brasília por eu morar nesta cidade e com isso ter a facilidade de conseguir alojamentos, ginásios, etc. Quando a Confederação Brasileira de Badminton atráves do presidente Celso me convidou para assumir a diretoria, passei a utilizar a influência da entidade para tentar conseguir recursos. Com os problemas políticos que o Distrito Federal passou (caso do governador Arruda - mensalão do DEM), todo apóio financeiro foi enterrado.

Enquanto a PBWF me cobrava se ia ter mesmo ou não o panamericano, até mesmo por que havia o processo de inclusão nos jogos panamericanos más eu nunca tinha respostas, pois não iria assumir sem ter um suporte envolvido, principalemte financeiro.

o Presidente Celso decidiu que iriamos realizar o evento junto com o panamericano de badminton, ele levou a proposta para a PANAM, eles também autorizaram, daí foi só somar forças.

No ano passado, atráves dos contatos, consegui a promessa que me enviariam um médico oficial da PBWF e um referee, promessa cumprida, a confederação entrou com hospedagem e alimentação destes profissionais.

Celso, usou toda a sua influência e prestígio junto com a BWF que também colaborou e auxiliou bastante. a PBWF  se mostrou bastante acessível orientando-nos quanto aos procedimentos. O Elizeu, presidente da federação paranaense de badminton foi o "cara" neste processo todo, foi ele que correu atrás para que tudo acontecesse, ginásio, hotel, transporte, material, divulgação, equipe de trabalho, etc, sem ele as coisas nem teriam saído do papel.

A ideia original que eu tinha, era poder convidar outros países para participar do campeonato panamericano, a minha intenção era chamar  países de continentes que não tem o torneio continental (AFRICA, OCEANIA e ORIENTE MÉDIO)  e a ESPANHA por causa da língua e também na disponibilidade em ajudar), que colocou a disposição os seus médicos, referee's e técnicos para ministarem cursos também. Só a Espanha tem oficialmente 29 atletas, com isso teriamos um evento com quantidade, qualidade e para nós uma grande oportunidade de intercâmbio. A proposta não foi aceita pela PBWF infelizmente.

Por que relatei isso tudo?


Estava eu fazendo um balanço dos atletas que participarão do panamericano de parabadminton e pecebi que vários brasileiros, não participarão, um número bem elevado aproximadamente 20 atletas (só de brasileiros, sem falar os de outros países). Não participarão por motivos diversos: problémas de sáude, falta de dinheiro, não conseguiram liberação do emprego, entre tantos outros motivos que eu ouvi.

Depois de analisar os "atletas" brasileiros que não participarão do campeonato panamericano, eu comecei a observar então as pessoas qie iriam participar. Entre elas:
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ATLETA RIVALDO ARRUDA



Professor de Educação Física que tem comprometimento no braço direito, conheceu o badminton através do Leandro Barbosa há três anos atrás.  Rivaldo participa de competicões de badminton, essa será sua primeira participação em parabadminton. No badminton ele já consegiu ficar em segundo lugar nos jogos internos da ESEF-UPE, local onde treina uma vêz por semana.

Rivaldo é o atleta brasileiro que mora mais longe da cidade de Curitiba-PR, ele mora em Recife (capital pernambucana) e enfrentará 51 HORAS DE VIAGEM DE ÔNIBUS e ficará junto com a delegação do DISTRITO FEDERAL que estará alojada em uma casa vazia, onde levarão roupa de cama e colchonetes.


Gostaria de citar outras histórias também:

1- de atletas que passaram a treinar 3 horas  todos os dias para a competição,

2 - atletas que estão gastando uma grana para ir fazer somente a classificação funcional,  tendo que gastar também com o seu pai pois necessita de acompanhane devido ao seu comprometimento motor.

3- atleta que tem conciência que não terão resultados tão expressivos devido ao comprometimento e nível técnico em que se encontram más fizeram um enorme esforço para participar.

4- Atletas que durmirão em colchonetes estes dias de evento.

5- Atletas de outros países que pedem alojamento e alimentação por que estão vindo sem grana, isso aconteceu com atletas brasileiros também.

6 - atletas que me mandavam emails todos os dias atrás de informações.

7- Pessoas que fizeram o possível e o impossível som os seus chefes para conseguir liberação do emprego.

8- Homens que sacrificaram de estar com a família para participar da competição

9 ....


E quando eu perguntei ao RIVALDO quais são as suas expectativas com a competição, ele me respondeu:


"Alcançar o melhor resultado"

Por estas pessoas, eu digo:
"Já Valeu a pena!!!!!"

Létisson Samarone


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